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2012 - Livro Vermelho 2013

Tachigali rugosa (Mart. ex Benth.) Zarucchi & Pipoly NT

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 04-04-2012

Criterio:

Avaliador: Tainan Messina

Revisor: Miguel d'Avila de Moraes

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

A espécie é de ampla distribuição e está presente em diversas unidades de conservação (SNUC). Porém, o fato da espécie ser usada pela indústria madeireira pode vir a configurar uma ameaça caso o manejo da espécie e o monitoramento não estejam sendo feito de maneira eficaz. Além disso, a espécie não foi reencontrada no local de sua coleta tipo e ocorre em Mata Atlântica, onde a perda de habitat ao longo de anos, reduziu diversas populações de plantas nativas.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Tachigali rugosa (Mart. ex Benth.) Zarucchi & Pipoly;

Família: Fabaceae

Sinônimos:

  • > Sclerolobium rugosum ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em 1850 como Sclerolobium rugosum, foi combinada como Tachigali rugosa em 1995 (Silva, 2007). Nomes populares: "jataíba" (Freitas, 2010), "ingá-preto" (Foresto, 2008), e "caingá-arapaçu", "caingá-preto" (RJ); "carvoeiro" (ES); "ingá-pedra" (MG, RJ); "angá", "ingá-do-cerrado" "camboatá", "canela-de-veado" (MG); "ingá-uçu", "ingazeira-brava" e "mamoneira" (BA) (Silva, 2007).

Dados populacionais

Apresentou três indivíduos em Atibaia e um em Mascote, SP (Freitas, 2010). Frequente na porção oeste e leste da Serra do Cipó (Santos, 2009). Foram coletados cinco indivíduos, com altura máxima de 18 metros no distrito de Santana do Rio Preto, em Itambém do Mato Dentro, MG (Santos, 2009). Freqüente no Rio de Janeiro em áreas de Floresta Ombrófila Densa, desde Terras Baixas até Montanas, raro em Altomontanas (Silva, 2007). No PARNA Itatiaia é frequente no trecho de mata montana, 1.450 a 1.900 m de altitude, no caminho para Macieiras (Morim; Barroso, 2007). Foram coletados dois indivíduos no interior da mata da Reserva Biológica Municipal Santa Cândida, Juiz de Fora, MG (Garcia, 2007). Foram amostrados 14 indivíduos na Estação Biológica de Caratinga, MG (Silva, 1993). Foram amostrados 56 indivíduos no Parque Ecológico do Rio Bonito, Lavras, MG (Dalanesi et al., 2004), sendo uma espécie com valor de importância significativo. Foram amostrados 19 indivíduos com CAP maior que 15,5 na Mata do Galego, em Luminárias, MG (Rodrigues et al., 2003). Foram amostrados 26 indivíduos na Mata da Cachoeira do Rio Grande, Bocaina de Minas, MG (Carvalho et al., 2005). Foram amostrados 24 indivíduos em uma floresta de galeria no município de Carbonita, MG (Batista, 2007).Foram amostrados cinco indivíduos em trechos de mata após 15 anos de corte, e dois indivíduos em trechos após 40 anos de corte, em Itambé do Mato Dentro, MG (Oliveira Filho et al., 2004).

Distribuição

Considerada endêmica do Brasil, ocorre nos Estados da Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo e Rio de Janeiro (Lima, 2012). Possui ampla distribuição, ocorrendo na região Sudeste e Nordeste principalmente Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, estendendo-se por Minas Gerais até Mato Grosso (Silva, 2007). A espécie até o momento não foi recoletada na localidade tipo, em Cuiabá (MT) (Silva, 2007). Altitude retirada de Morim; Barroso (2007).

Ecologia

Árvore de 6 a 30 metros de altura (Silva, 2007; Morim; Barroso, 2007), e com DAP de 70-90 cm (Foresto, 2008). Ocorre em secundaria inicial (Freitas, 2010; Garcia, 2007). No Morro do Imperador, Juiz de Fora, MG, a espécie foi encontrada na borda da mata (Pifano et al., 2007). Espécie emergente nas localidades de Gaia da Mata, Mata do caminho para o Pico das Almas, Mata do Chiquinho e Mata do caminho para o cafundó, na Serra das Almas (Nascimento et al., 2010). Floresce em julho, novembro e dezembro (Morim; Barroso, 2007). Frutifica de abril a junho (Foresto, 2008), e em setembro de acordo com Morim; Barroso (2007). Já no Parque Estadual do Itacolomi floresce de setembro a outubro e frutifica de março a maio (Lima et al., 2010). Apresenta um crescimento médio de diâmetro de 0,64 cm anuais (Scolforo et al., 1996).

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre nas seguintes unidades de conservação (SNUC): Reserva Biológica Municipal Santa Cândida, Juiz de Fora, MG (Garcia, 2007); Parque Estadual do Rio Doce (Bosquetti, 2004); na Estação Biológica de Caratinga, MG (Silva, 1993); no Parque Ecológico do Rio Bonito, Lavras, MG (Dalanesi et al., 2004), no Parque Estadual da Serra do Brigadeiro (Siqueira, 2008). De acordo com dados de coleção, ocorre: RPPN Fazenda Lontra, Entre Rios, Bahia; Parque Estadual do Desengano, Santa Maria Madalena, Rio de Janeiro; Reserva Ecol. Munic.de Macaé de Cima, Nova Friburgo, Rio de Janeiro; Reserva Biológica Mata do Jambeiro, Nova Lima, Minas Gerais; Reserva Natural da CVRD, Linhares, Espírito Santo; Parque Nacional do Itatiaia, Itatiaia, Rio de Janeiro; Estação Biológica Santa Lúcia, Santa Tereza, Espírito Santo(CNCFlora, 2012).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Considerada "Em Perigo" (EN) pela Lista vermelha da flora do Espírito Santo (Simonelli; Fraga, 2007).

Usos

Referências

- FORESTO, E. B. Levantamento florístico dos estratos arbustivo e arbóreo de uma mata de galeria em meio a campos rupestres no Parque Estadual do Rio Preto, São Gonçalo do Rio Preto, MG. Dissertação de Mestrado. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 2008.

- OLIVEIRA-FILHO, A.T. TreeAtlan 2.0, Flora arbórea da América do Sul cisandina tropical e subtropical: Um banco de dados envolvendo biogeografia, diversidade e conservação. Universidade Federal de Minas Gerais. Disponivel em: <http://www.icb.ufmg.br/treeatlan/>. Acesso em: 28 fev. 2012.

- LIMA, H.C. DE. Tachigali in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB100912>.

- SILVA, L.F.G.D. Taxonomia de Tachigali Aublet (Leguminosae Caesalpinioideae) na Mata Atlântica. Rio de Janeiro: Escola Nacional de Botânica; Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2007.

- LIMA, H.C.D. (COORD.)STEHMANN, J. R.; FORZZA, R. C.; SALINO, A. ET AL. Fabaceae (Leguminosae). Rio de Janeiro, RJ: Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2009. 259-283 p.

- MORIM, M.; BARROSO, G. Leguminosae arbustivas e arbóreas da floresta atlântica do Parque Nacional do Itatiaia, Sudeste do Brasil: subfamílias Caesalpinioideae e Mimosoideae. Rodriguésia, v. 58, n. 2, p. 423-468, 2007.

- FREITAS, H. S. Caracterização florística e estrutural do componente arbóreo de três fragmentos de Floresta Estacional Semidecidual da região leste do Vale do Paraíba ? SP. Dissertação de Mestrado. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 2010.

- CRISTINA, L.; LIMA, P.; CRISTINA, F. ET AL. Leguminosae nas Florestas Estacionais do Parque Estadual do Itacolomi, Minas Gerais, Brasil: Ervas, Arbustos, Subarbustos, Lianas e Trepadeiras. Rodriguésia, v. 58, n. 2, p. 331-358, 2007.

- SIMONELLI, M.; FRAGA, C. N. (ORG.). Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção no Estado do Espírito Santo. Vitória, ES: IPEMA, 2007. 144 p.

- PIFANO, D.S.; VALENTE, A.S.M.; CASTRO, R.M.; PIVARI, M.O.D.; SALIMENA, F.R.G.; OLIVEIRA-FILHO, A.T.D. Similaridade entre os habitats da vegetação do Morro do Imperador, Juiz de Fora, Minas Gerais, com base na composição de sua flora fanerogâmica. Rodriguésia, v. 58, n. 4, p. 885-904, 2007.

- WERNECK, M. S. REZENDE, S. G.; BRINA, A. E.; FRANCESCHINELLI, E. V. Composição florística do componente arbóreo e afinidade fitogeográfica de uma floresta semidecídua em Nova Lima, MG, Revista Brasileira de Botânica, v.33, p.547-561, 2010.

Como citar

CNCFlora. Tachigali rugosa in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Tachigali rugosa>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 04/04/2012 - 19:37:41